SERVIÇO DE SALVAMENTO DA GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA: 66 ANOS SALVANDO VIDAS.
DA
SUA DIREITA PARA A ESQUERDA EM PÉ NO MICROFONE O CHEFE DO SALVAMENTO INSP. S.
VIEIRA - INSP. J. PINHEIRO (JOSIAS) - INSP. BERNARDINHO (PINTO) - SI. ALCIR -
INSP. ANÍSIO - SI J. HUMBERTO (DÃO) - INSP. PEDRO GILSON - SI. DA COSTA - SI.
F. SILVA - SI. EDNARDO (FALECIDO) - SI. CÍCERO - SI MARIO (FALECIDO) - SI.
NILTON - INSP. FELIPE - SI. ERIVALDO - SI. ANTÔNIO CARLOS - INSP. RAMOS
(ALENCAR) - SI. MARIANO - INSP. CARDOSO E O ÚLTIMO SENTADO A SUA DIREITA O SI.
RIBEIRO:
VÍDEO: SER UM SALVA VIDAS É UM DOM.
ETIMOLOGIA DA GUARDA
MUNICIPAL DE FORTALEZA: PARTE 3; CRIAÇÃO DO SERVIÇO DE SALVAMENTO.
Fortaleza,
18 de novembro de 2017.
Autor: Francisco Sérgio da
Silva Evangelista - Pós Graduado em Políticas e em Gestão em Segurança Pública
- Pós Graduado em Policiamento Comunitário e Subinspetor da GMF há 34 anos.
O mar sempre exerceu uma enorme
influência sobre a humanidade. Com o passar dos tempos, o mar foi sendo
utilizado como fonte de lazer e também de grandes tragédias por afogamentos,
evitadas, muitas vezes, por populações costeiras que, conhecedores do mar e de
seus segredos, agiam no socorro de afogados. As primeiras organizações de
salva-vidas no mundo tiveram origem na França, com a Societé Centrale de
Sauvatage de Naufragés, em 1865 e os Hospitaliers Sauvateurs Bretons, em 1873. Em
Fortaleza, a atividade teve seus primórdios em voluntários, oriundos da
população litorânea como os pescadores, um trabalho voluntário reconhecido
públicamente pela coragem e espírito de humanidade. Vamos agora tentar relatar
um pouco do histórico do Serviço de Salvamento da Guarda Municipal de
Fortaleza. Antes vamos refletir o que um dos antigos salva vida relata sobre
sua função;
“Hoje
eu posso dizer que a minha vida é o mar. É isso que gosto e sei fazer. Acho que
não existe melhor sensação do que você conseguir tirar da água uma pessoa que
estava se afogando, mesmo sem saber quem é”
Com esse emocionante relato, o Serviço
Municipal de Salvamento foi criado em 1968, mais precisamente em 12 de
dezembro, conforme a Lei n• 3.663 e publicado no Diário do Poder Executivo de
número 409z do dia 17/12/1968. Neste mesmo ano, a Guarda Municipal de Fortaleza
já tinha mudado sua nomenclatura para Departamento de Vigilância do Município
conforme a Lei
municipal nº. 3.557 publicada no
Diário Oficial do
Município nº 3.956
de 02/07/1968. O Serviço
Municipal de Salvamento na época de sua criação ficou incluído na estrutura
administrativa do Departamento de Vigilância Municipal ao qual era subordinado
a Secretaria Municipal de Serviços Urbano. Segundo o Inspetor Abílio, um dos
mais antigos salva vidas, o Serviço Municipal de Salvamento teve como seu
primeiro comandante um marinheiro afastado da Marinha Brasileira o preparador
físico conhecido como Marçal, o segundo e o terceiro foram respetivamente, os
servidores Celestino e o Insp. Leônidas, na qual tive a oportunidade de
conhecê-los. O atual chefe do Serviço de Salvamento é o Insp. S. VIEIRA. O
Serviço Municipal de Salvamento na época foi formado com 25 (vinte e cinco)
guardas vidas e incumbiu a esses guerreiros a vigilância e salvamento nas
praias de Fortaleza. Em 1995, foi firmado um acordo entre o Corpo de Bombeiros
do Estado do Ceará e a Guarda Municipal de Fortaleza para trabalharem em
parceria. Em 2005, o Serviço de
Salvamento recebeu uma nova nomenclatura denominada de “Pelotão de Salvamento
Aquático” e com um contingente de 42 salva vidas para cobrir um trecho da praia
do Náutico até a praia da Barra do Ceará, e lagoas, em uma escala de sábados,
domingos e feriados. Atualmente, segundo o Inspetor S. Vieira, chefe do Pelotão
de Salvamento Aquático, o trabalho hoje é realizado com uma equipe 82 salva vidas.
A Constituição Federal de 1988, em seu
artigo 7º, Capítulo II, dispondo sobre os direitos sociais, estabelece: “São direitos
dos trabalhadores urbanos
e rurais, além
de outros que
visem à melhoria de
sua condição social
- Item XII
: Redução dos
riscos inerentes ao trabalho,
por meio de
normas de saúde
, higiene e
segurança”. Os Salvas Vidas são
os que mais colocam suas vidas em risco permanentes, necessitando das
Instituições equipamentos completos como uniformes, flutuadores, binóculos, pranchões,
apitos, bote infláveis com motor, coletes, cordas de náilon, bóias salva vidas
e o protetor solar, um item indispensável para proteção da pele contra raios
solares, as consequências do não uso do protetor solar é hoje sentida por
alguns salva vidas que apresentam já um quadro avançado de câncer de pele. Além
desta triste realidade, gostaria de chamar atenção das mortes por infarto
destes profissionais, segundo o salva vida Subinspetor Montenegro, que,
infelizmente, não foi promovido a Inspetor com 42 anos de serviço por causa da
falta de critérios legais no processo de promoção em dezembro de 2012, ele
acredita que a causa de tantos infartos estejam ligado aos " esforços
físicos que estes servidores exerçam no cumprimento de suas funções ".
Não sou especialista na área da saúde, no entanto, concordo com ele,
além do esforço físico no ato do resgate, uma escala de serviço excedente
contribuir para este quadro negativo de mortes por infartos.
VÍDEO: A MISSÃO DE SALVAR E A CHEGADA HORA DA APOSENTADORIA.
VÍDEO O SERVIÇO DE SALVAMENTO DA GMF EM AÇÃO
ABERTURA DA PRIMEIRA PROVA DE NATAÇÃO DE 21 Km DO CAIS DO PORTO À BARRA DO CEARÁ. NA FOTO SÃO Cel. TEIXEIRA, NO MEIO O INSPETOR ABÍLIO e NA OUTRA PONTA Cap. ERIALDO;
INSPETOR ABÍLIO CHEGANDO EM SEGUNDO LUGAR:
Observação; Segundo o Inspetor Abílio deixou o primeiro ganhar porque era aniversario dele, para a festa ficar melhor e mostra o sentimento de camaradagem e solidariedade que une colegas.
PRIMEIRO DESFILE DA GMF : NA FOTO INSPETORES S. VIEIRA E ABÍLIO.
AS GUERREIRAS DO SERVIÇO DE SALVAMENTO DA GMF
SERVIÇO DE SALVAMENTO DA GMF FAZENDO UM SALVAMENTO NA BARRA DO CEARÁ:
LEI QUE CRIOU O SERVIÇO MUNICIPAL DE SALVAMENTO:
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