MUITOS ALUNOS, POUCAS VAGAS.
MUITOS ALUNOS,
POUCAS VAGAS.
Autor: Francisco
Sérgio da Silva Evangelista - Pós Graduado em Política e Gestão em Segurança
Pública – Especialista em Policiamento Comunitário e Subinspetor da GMF.
Todos nós temos a mesma opinião, para o
desenvolvimento de uma nação, a única saída é uma educação de qualidade. Nunca
é demais "chover no molhado", já dizia um velho amigo. É preciso
insistir no tema educação para que nunca saia da agenda social do País. No
estado do Ceará, principalmente, na capital, costuma começar o ano letivo com
muitas filas nas calçadas das escolas públicas, muitos alunos e poucas vagas, e
a tendência é aumentar as filas, por causa da crise econômica muitos alunos do
ensino particular vão para o ensino público, principalmente, para as escolas
estaduais com gestão de qualidade, que infelizmente, são poucas e oferecem
pouquíssimas vagas para muitos apadrinhamentos, infelizmente. O drama dos pais
nas filas na busca de uma vaga no ensino público não é só no nosso estado e
capital, é em todo país. Veja o que revela uma mãe na fila de uma das escolas
em Fortaleza. "A gente vira noite
aqui, porque a escola é boa e a gente quer o melhor para os nossos filhos”, a
mesma mulher enfatiza que “Não é tão ruim, a gente fica conversando e quando
precisa fazer alguma coisa em casa se reveza". Quando a mãe fala que não é
"tão ruim ficar na fila", ela e outras mães com o mesmo pensamento
estão aceitando as desculpas da omissão dos governantes que se alternam no
poder ao longo do tempo de costa para um direito fundamental chamado educação,
conceituada pela nossa Constituição, e que, infelizmente, não parece fazer
parte integramente da agenda social dos nossos governantes, sejam municipal,
estadual e federal.
Um dos indicadores mais importantes que mede
o desenvolvimento humano, social e cultural de uma cidade, em minha opinião é o
número de escolas que possui e o de vagas que mantém. O número de mães e outros
parentes nas filas a procura de uma vaga, é sinal da falta de escolas públicas,
principalmente, as de qualidade e de tempo integral. Em uma rede social do
atual prefeito municipal de Fortaleza compartilhar a seguinte informação: "Até o final de 2016 serão, pelo menos,
41 escolas em tempo integral funcionando em Fortaleza, com ensino de qualidade,
refeição e lazer. Bom registrar que Fortaleza não tinha nenhuma escola em tempo
integral até o início da gestão em 2013. Nossa meta é proporcionar um futuro de
mais oportunidade a muitas crianças e jovens de Fortaleza". Vamos nos
lembrar que este ano é de eleições municipais.
Não se pode falar em futuro e nem em uma pátria educadora, se faltam
escolas públicas de qualidades, constrói se estádios de futebol padrão FIFA, e
presídios de segurança máxima, constrói-se também viadutos, túneis e aquários
padrão Bahrein, mas não constrói os templos sagrados do ensino necessários para
alocar todas as crianças, adolescentes e jovens pobres, que são as maiores
vítimas desta dívida social chamada educação de qualidade. Apesar dessa
realidade vergonhosa da falta de vagas e deprimente para os pais madrugar e
pernoitar nas filas a procura da sonhada vaga, cenas que se repetem todos os
anos e parece não incomodar ninguém, a comunidade carente ainda sonha e
proclama por mais escolas de qualidade, pois, sem uma educação de qualidade, o
Brasil não tem futuro, chega de
estratégias enganosas e equivocadas para tirar nossas crianças, adolescentes e
jovens da violência e da criminalidade, como o bolsa-escola que só serve pra
comprar drogas. Os nossos jovens precisam é de mais escolas de qualidade e com
formação integral, com salas amplas e convidativas para estudos e professores
valorizados, materiais de didático novos e de boa qualidade, computadores de
última geração e projetos de inclusão digital, merenda escolar de encher os
olhos das crianças, chega de desvios de verbas, as nossas crianças tem fome de
comer e de estudar, nós devemos muito a elas, talvez, nunca pagaremos esta
dívida social.
REFERENCIAS:
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