COM QUANTOS SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES SE FAZ UMA CATEGORIA.
Autor:
Francisco Sérgio da Silva
Evangelista - Pós Graduado em Políticas e Gestão em Segurança Pública
(Especialista) e Subinspetor da Guarda Municipal de Fortaleza.
Segundo a nossa Constituição de 1988, em seu
artigo 8°, “É livre a associação profissional ou sindical, observando os
incisos e parágrafo único do citado artigo”. A nossa categoria, a dos guardas
municipais da nossa capital, podem se considerar privilegiada, pois talvez seja
os únicos profissionais da área da segurança pública a contar com mais de
quatro representações sindicais, diferentemente dos colegas policiais da ativa
que não podem ter nenhuma representação sindical, segundo art. 142° , inciso IV
da citada Constituição. Os profissionais da Guarda Municipal de Fortaleza, os
que são associados, atualmente são representados pelas as seguintes entidades:
SINDIFORT - Sindicato dos Servidores e empregados públicos do município de
Fortaleza; SINDIGUARDAS/CE – Sindicato dos Agentes Municipais de Segurança
Pública do Estado do Ceará; SINGMEC – Sindicato dos Guardas Municipais do
Estado do Ceará; ASISG – Associação dos Subinspetores e Inspetores da Guarda
Municipal e ASGMEC – Associação dos Guardas Municipais do Estado do Ceará; E
recentemente, foi criado dentro do SINDIFORT o NEASP - Núcleo Específico de
Atividades de Segurança Pública, constituído por servidores da Guarda Municipal
de Fortaleza e sócios da entidade. Com tantas entidades representando a nossa
categoria, três sindicatos, duas associações e agora um núcleo, de fato, a
nossa categoria deveria se sentir privilegiada, no entanto, sabemos que na prática,
as entidades sindicais em primeiro plano, defendem os interesses individuais e
de pequenos grupos, deixando para o plano B, os interesses da coletividade, são
poucos profissionais sindicalistas voltados para o bem estar do coletivo, a
maioria deles querem mesmo é ficar a disposição da entidade sindical.
Observa-se também a presença de uma politicagem corporativista interna entre
seus membros. Não sendo irônico, mais com tantos sindicalistas trabalhando pela
nossa classe, dia e noite, sábados, feriados e aos domingos, os guardas
municipais eram pra ter: - uma renda capaz de satisfazer as expectativas pessoais
e sociais; - orgulho pelo trabalho realizado, e uma vida emocional satisfatória
com uma autoestima elevada; - a nossa imagem e da instituição junto à opinião pública
satisfatória; - equilíbrio entre trabalho e lazer com escalas de serviços com horários
sensatos e também fardamentos e equipamentos completos e dentro da validade; -
oportunidades e perspectivas de carreira com possibilidade de uso do potencial por capacitação, e serem respeitados
os direitos com transparência e
justiça nas recompensas. Infelizmente, o nosso cotidiano
profissional na realidade é outro.
REFERÊNCIAS:
SINDIFORT
- Sindicato dos Servidores e empregados públicos do município de Fortaleza;
Disponível em:
http://www.sindifort.org.br/2-noticias/ultimas-noticias/851-i-encontro-dos-servidores-da-carreira-de-seguranca-publica-da-guarda-municipal-de-fortaleza-gmf
Me identifiquei muito com esse texto. Retrata exatamente a realidade.
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