VIGILÃNCIA NATURAL




Autor: Francisco Sérgio da Silva Evangelista – Especialista em Políticas e gestão em Segurança Pública. Em Policiamento Comunitário e Subinspetor da Guarda Municipal de Fortaleza. 


A violência não pode ser aceita sob nenhuma justificativa. A democratização e modernização da segurança pública se fazem a partir da colaboração e compromisso de todos para buscar viver sem violência em uma cidade, principalmente, quando a cidade é sua terra natal.  O medo é um poderoso obstáculo aos esforços de colaboração societária, afastando as pessoas e desmobilizando a participação cidadã. Se as pessoas não estão mais nas praças e nas ruas, isto é, nos espaços públicos, teremos menos vigilância natural na cidade, ou seja, aqueles que estiverem predispostos ao crime, à violência e à desordem poderão agir, agora, com muita tranquilidade, porque não precisam mais se preocupar com eventuais testemunhas. Assim, se os espaços públicos, antes frequentados pelas famílias, pelos namorados, jovens, idosos e pelas crianças, estão agora vazios, poderá ser um lugar ideal para os assaltos, roubos e tráfico de drogas e, assim sucessivamente. A comunidade perde poder, as pessoas tendem a se isolar em suas casas e condomínios.  Nos ônibus e terminais, o medo de serem assaltados é estampado no rosto de cada pessoa. Precisamos agir em conjunto com a coletividade e compartilhar os espaços públicos com todos, para termos pelo menos uma chance de melhorar a sensação de insegurança e torná-la mais segura a nossa capital. Se estivermos sozinhos, não teremos outra saída se não o isolamento, o individualismo e a privatização da vida com a coletividade, colocando em xeque-mate a construção da cidadania e da democracia e fechando todas as portas para a socialização dos indivíduos. Acompanhe nas redes sociais: https://www.facebook.com/franciscosergiodasilvaevangelista.evangelista




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